A vida de um bailarino, coreógrafo e acrobata

Caio Rembrandt em um número acrobático.

Vindo de família não tradicional do circo e com o pensamento – Viva a cada segundo porque ele nunca mais voltará – Caio Rembrandt de vinte e sete anos, resolveu seguir a carreira de circense há seis anos. Nascido em São Paulo, começou sua carreira como bailarino e coreógrafo.
Eu vim pra fazer uma atividade circense e acabei conseguindo um contrato com o circo para trabalhar como coreógrafo dos artistas circenses.
Caio apesar de estar trabalhando em um circo itinerante por alguns meses, atua a maior parte do tempo em um circo fixo exibido em São Paulo.
– Dá pra levar uma vida normal, é que o ser humano se adapta, então a gente acaba se adaptando as necessidades do momento. Eu gosto de viajar, gosto de conhecer públicos diferente, de ter novas propostas de espetáculos, o mais difícil mesmo é à distância da família, porque de restante, particularmente é super positivo. Porque o artista é isso, o artista ele muda, não adianta, ele não vai ficar residindo em um teatro só ou em um circo só.
Com uma rotina de três a oito horas de treinamento dependendo da necessidade do rendimento do treino que precisa alcançar, o bailarino diz ter uma alimentação saudável, leve e que ajude na energia para o trabalho.
 – Olha, nosso dia a dia é bem corrido, e tem várias partes do espetáculo que a gente participa, né? No meu caso eu faço a parte de dança, faço a parte de assistência de cena também, e a parte acrobática, então pra isso tudo dar certo, a gente tem que estar em dia com a saúde também.

Apresentação: Circenses durante o espetáculo.
Para ele, vale a pena todo o esforço pra ver o público feliz, e acredita que o artista não trabalha pelo dinheiro e sim por amor ao que faz. Caio diz que Deus é a maior inspiração para o seu trabalho – O que me alegra é poder um dia ter pedido pra Deus a profissão da arte e Ele ter me dado com tanto gosto – e define o aplauso como – Uma das coisas mais importantes que tem, que é totalmente sincero, é o reconhecimento do nosso trabalho, do nosso esforço.

Caio e seus colegas de palco se apresentando ao público.

Segundo o artista a escolha dos figurinos usados nos espetáculos é um acordo, faz-se um estudo de acordo com a proposta do espetáculo em relação ao material que pode ser usado porque cada número artístico tem um material específico e adereços que são permitidos ou não utilizar, por questão de que o uso destes pode atrapalhar e até prejudicar fisicamente o artista.
Sobre o dia em que tiver de ser aposentar, Rembrandt explica – É um pouco triste você saber que você não pode exercer a profissão daquela maneira, mas eu nunca deixei de fazer o meu trabalho, sempre fiz cem por cento, sabe? Me entreguei ao máximo, então, quando um dia eu tiver que me aposentar na parte do trabalho físico, eu vou estar satisfeito assim.  Eu vou seguir mesmo a carreira de moda e acredito que até continue trabalhando com o circo na parte de direção e na parte coreográfica, mas eu acredito que eu vou seguir mesmo a carreira de moda.
Para o acrobata viver é ... tudo.